Numa altura em que a indústria dos semicondutores e da microeletrónica está sediada na sua maioria na Ásia, verifica-se uma paragem na produção de bens de consumo, por dependência de chips e microchips à escala mundial por diversos motivos. Surge, a necessidade da Europa investir numa estratégia industrial capaz de dar resposta às necessidades de mercado, de modo a não permitir que várias indústrias parem por falta de fornecimento de componentes-chave.
Neste contexto, a Agenda Microeletrónica potencia em Portugal condições únicas para se tornar num grande player na área da gestão, produção e distribuição destes componentes à escala europeia e mundial.
No âmbito do projeto, reuniram-se dia 11 de Janeiro, no PCI – Creative Science Park – Aveiro Region, os líderes e sub líderes das work packages (WP’s) da Agenda Microeletrónica. Pretende-se projetar o potencial de Portugal como um dos principais players de mercado.
Cada entidade apresentou o ponto de situação relativo ao seu contributo na Agenda Microeletrónica. As áreas de atuação envolvem WP’s relacionados com processo industrial, testes, automação e transição ambiental. Áreas como especialização, formação, reciclagem, novos processos de automação, de produtos, novas tecnologias, novos produtos, certames internacionais, comunicação e imagem são objetivos estratégicos da Agenda Microeletrónica. O promotor líder é a ATEP – AMKOR Technology Portugal e reúne um conjunto de 14 parceiros, entre os quais a Inova-Ria.
A Inova-Ria é um dos membros do consórcio, liderando o WP de disseminação de resultados bem como da constituição do observatório da microeletrónica. Com os seus objetivos a serem cumpridos, encontra-se numa fase de contratações e de conclusão de anexos técnicos fundamentais para cumprir os objetivos.
É transversal a motivação nos objetivos da Agenda, que os vários intervenientes têm. A rede dispõe de todos os meios para liderar a nova corrida tecnológica, aproveitando a base industrial que continua a ser alvo de investimento para este efeito, a investigação de alta qualidade, trabalhadores qualificados, um ecossistema dinâmico e capaz de começar a destacar Portugal e a Europa no domínio da capacidade de resposta às necessidades de mercado.
Esta é a primeira grande iniciativa em Portugal na área da Microeletrónica. É altura de criar uma política de autossuficiência europeia, onde Portugal também pode e deve contribuir, e este é um dos passos dados por este grupo para o efeito.
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